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sexta-feira, 26 de junho de 2015

STJ autoriza inquérito para investigar governador Fernando Pimentel



Operação da PF apura desvio de recursos para campanhas eleitorais.
Em nota, governo afirmou que 'deduções fantasiosas' motivaram operação.


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou abertura de inquérito, solicitada no último dia 18 pela Polícia Federal, para apurar o suposto envolvimento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e da mulher dele, Carolina de Oliveira, nos fatos investigados pela Operação Acrônimo, da PF.
Em nota, o governo de Minas Gerais afirmou que a operação da PF foi feita com base em "deduções fantasiosas" e que o governador e a esposa estão à disposição para qualquer esclarecimento.

Como consequência da abertura do inquérito, autorizada nesta quarta-feira (24) pelo STJ, a PF deflagrou nesta quinta (25) a  segunda etapa da Operação Acrônimo, que, desde a descoberta de mais de R$ 110 mil em um avião no aeroporto de Brasília, em outubro do ano passado, apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos paraFINANCIAMENTO de campanhas eleitorais.
A aeronave transportava Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas Gerais. No dia 29 de maio, na primeira fase da Operação Acrônimo, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento de Brasília da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira Pimentel.
Conforme o Blog do Matheus Leitão, a polícia chegou a fazer pedido de busca e apreensão na residência oficial do governador, mas o ministro Herman Benjamin, do STJ, negou.
Dez mandados foram expedidos para a capital federal, seis para Belo Horizonte, e os outros três para Uberlândia (MG), Rio de Janeiro e São Paulo. Os policiais federais saíram com sacolas de documentos e computadores da sede da Pepper Interativa, agência de comunicação que fica em Brasília e que prestava serviços ao PT.Na mesma decisão, o ministro autorizou 19 mandados de busca e apreensão em três estados e no Distrito Federal.
Em nota, a Pepper informou que a PF buscava informações sobre a relação da empresa com a empresa Oli Comunicação e Imagem Ltda, que prestou serviços para a agência entre 2012 e 2014. A Pepper disse que deu acesso aos documentos requeridos e "continuará à disposição das autoridades para prestar todas as informações necessárias".

A Polícia Federal suspeita que a mulher do governador de Minas Genais seja sócia da Pepper. Em Belo Horizonte a polícia fez buscas no escritório usado como comitê de campanha de Pimentel, no ano passado.
De acordo com as investigações, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tinha contratos com empresas, como a Pepper. Essas empresas repassavam dinheiro para a Oli Comunicação e Imagem que, segundo as investigações, pertence à mulher de Pimentel.
Teriam sido repassados pelo menos R$ 3,6 milhões para a empresa da mulher do governador. Entre as companhias que repassaram o dinheiro estariam a Marfrig (R$ 595 MIL) e o GrupoCASINO (R$ 362,8 MIL). As investigações mostraram que a empresa de Carolina tinha apenas um funcionário e que Marfrig eCASINO tinham interesses junto ao BNDES.
Segundo a PF, é razoável inferir-se que pode ter havido simulação da contratação da Oli Comunicação pelo Grupo CASINO e pelo Marfrig Global Foods, a fim de repassar valores que, em última análise, poderiam ter como destinatário Pimentel.
O BNDES confirma que contratou a Pepper para a produção e manutenção de um site, em 2013 e diz que a escolha da empresa foi feita após cotação de preços. O BNDES afirmou ainda que a empresa fez o serviço. O GrupoCASINO e a Marfrig afirmaram que não fizeram pagamentos para a Oli Comunicação.

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