Participantes integram o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, atendido pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS)
Segundo o palestrante, 350 milhões de pessoas no mundo são depressivas, conforme pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desse total, 10,4% são brasileiras. “A maioria desse percentual é de idosos, pois, em geral, estes são excluídos socialmente por suas famílias e se veem como não-produtivos, o que acarreta no desenvolvimento de doenças como a depressão”, explicou, acrescentando que os principais sintomas do distúrbio são alterações de peso e de sono, fadiga ou perda de energia diária, culpa excessiva, sentimento de inutilidade, problemas psicomotores e dificuldade de concentração.
Alan explicou também que a depressão é uma disfunção bioquímica do cérebro, sem causas definidas. No entanto, pode ser desencadeada por fatores como estresse, traumas, disfunções da tireoide e ainda por mudanças hormonais, como no pós-parto e na menopausa. A esses fatores pode ser acrescentada, na faixa dos idosos, a presença do luto, pois é uma fase na qual se perde familiares e amigos. O palestrante aconselhou os idosos a buscarem tratamento não só nos remédios, mas também na psicoterapia, adotando ações como terapia de grupo, atividades físicas, alimentação saudável e até a acupuntura, reconhecida pela OMS.
Alan Christi ainda alertou os participantes para os cuidados com o uso excessivo de medicamentos que interferem no sistema nervoso central, como antidepressivos e calmantes. “Os remédios foram criados para atuar diretamente na doença e devem ser consumidos juntamente com outros tipos de tratamento, mas por dar uma sensação imediata de alívio o paciente acaba dependente desse efeito”, relatou.
Para a aposentada Maria Cerqueira, de 61 anos, participar das atividades do CRAS fez muito bem à sua saúde. “Após algumas perdas entrei em crises terríveis e nenhum familiar acreditou na minha doença. Quando procurei o CRAS tive uma grande melhora, pois fui muito bem acolhida e pude trocar experiências com outras pessoas”, declarou.
Também aposentado, João Batista de Souza, de 87 anos, contou sua história de amor à primeira vista e como superou a perda da esposa. “Fiquei desesperado quando ela faleceu, mas encontrei a cura para minha tristeza: o amor pela minha família e, principalmente, pela minha netinha”, disse.
Fonte: Prefeitura de Maricá
Texto: Kelly Rodrigues (edição: Gisele Paiva) | Fotos: Clarildo Menezes
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