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terça-feira, 7 de julho de 2015

Irã exige fim de sanções da ONU contra mísseis, mas Ocidente recusa


Autoridades do Irã e de potências globais negociam um acordo nuclear
Autoridades do Irã e de potências globais negociam um acordo nuclear
Foto: Reuters
Por Parisa Hafezi e Louis Charbonneau
VIENA - Um impasse sobre as sanções da ONU contra o programa de mísseis balísticos do Irã e um amplo embargo de armamentos estão entre as questões que travam o acordo nuclear entre a República Islâmica e seis potências nesta segunda-feira, um dia antes do prazo para alcançar um acordo.
"Os iranianos querem o fim das sanções sobre mísseis balísticos. Eles dizem que não há motivos para ligar isso à questão nuclear, um ponto de vista que é difícil de aceitar", disse um diplomata ocidental à Reuters. "Não há inclinação para isso de nossa parte."
Representantes iranianos e ocidentais confirmaram essa questão. Os ministérios de Relações Exteriores das seis potências --Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia e EUA-- se reuniram nesta segunda-feira com o chanceler iraniano, Javad Zarif, para tentar chegar a um acordo até a terça-feira à noite.
"O lado Ocidental insiste que não apenas (o programa de mísseis balísticos do Irã) deve permanecer sob sanções, como também o Irã precisa suspender esse programa", disse um representante iraniano.
"Mas o Irã está insistindo em seus direitos e diz que todas as sanções, incluindo sobre os mísseis balísticos, devem ser retiradas quando as sanções da ONU forem suspensas."
Separadamente, um alto representante iraniano havia dito a repórteres em Viena, sob condição de anonimato, que Teerã queria que o embargo da ONU sobre armas também fosse suspenso. Um alto diplomata ocidental afirmou que essa suspensão está "fora de questão".
O acordo sob discussão busca atrasar o trabalho nuclear mais sensível do Irã em uma década ou mais, em troca de alívio nas sanções que reduziram as exportações de petróleo iraniano e prejudicaram sua economia.
(Reportagem adicional de John Irish, Arshad Mohammed e Shadia Nasralla, em Viena; e de Bozorgmehr Sharafedin, em Londres)
Fonte: DCI

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