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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Prefeito de Niterói diz que Petrobras vai recuperar empregos em Itaboraí


O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, informou ao fim de encontro que teve com diretores da Petrobras, que os executivos anunciaram que os investimentos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) serão retomados e, a partir da próxima segunda-feira (31), novos processos de contratação serão iniciados para que, no primeiro semestre de 2016, seja recuperado o nível de 15 mil empregos na região de Itaboraí.
“Ainda é insuficiente, por que não diz respeito à refinaria, mas à conclusão da infraestrutura do Comperj. Foi agenda importante, mas insuficiente”, disse.
Nesta segunda-feira (24), trabalhadores do Comperj e políticos da Região Metropolitana do Rio participam de uma manifestação em frente à Petrobras, pedindo a conclusão de refinarias do complexo.
Apósa reunião de prefeitos e sindicalistas com os diretores de Engenharia, Roberto Moro, e Abastecimeno, Jorge Ramos, que durou mais de 1h30, eles saíram com a promessa de que se reuniriam com o presidente da estatal daqui a um mês. 
A proposta de que grupos estrangeiros assumam as obras dos 18% que faltam na construção Comperj não foi descartada e é, inclusive, apoiada pelos prefeitos.
"Não importa quem construa a refinaria. Nos a queremos já. Ele significa R$ 298 milhões para o estado do Rio", afirmou Helil Cardoso, prefeito de Itaborai.
 A obra está atrasada, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, e os municípios vizinhos sofrem com desemprego e perda de receitas. Antes de chegar ao local, o grupo interrompeu o tráfego em vias importantes, como a Avenida Rio Branco, no Centro.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves; de São Gonçalo, Neilton Molim; Itaboraí, Helil Cardoso e representantes de outras cidades tentaram se encontrar, por volta das 14h30, com o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. Às 15h, Rodrigo Neves, Helil Cardoso, e representantes dos trabalhadores entraram no prédio da Petrobras para se encontrarem com o diretor de Abastecimento, Jorge Ramos, e de Engenharia, Roberto Moro.
rabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) protestam diante da sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (24). Eles paralisaram as obras de construção da planta de processamento de gás da unidade, (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)Trabalhadores do Comperj protestam diante da sede da Petrobras (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
"Nós sabemos que o setor naval tem dado emprego para a região Leste Fluminense. Aquilo que acontece na cidade de Itaboraí e São Gonçalo afeta na cidade de Niterói. Estamos aqui para manifestar  a nossa solidariedade aos municípios do Leste Fluminense. Além disso, solidariedade aos trabalhadores dessa região. Queremos a retomada do onvestimento da indústria naval e do Comperj", disse o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.
A Petrobras informou em nota que, de acordo com o plano de negócios e gestão da companhia para o período de 2015 a 2019, "as obras da central de utilidades do Comperj que irá suportar a partida da unidade de processamento de gás natural (UPGN) estão em andamento". Segundo a Petrobras, esse conjunto de unidades está previsto para entrar em operação em outubro de 2017. "Quanto ao projeto da Refinaria Trem 1, a Petrobras está estruturando um modelo de negócios, que inclui parcerias para a conclusão do empreendimento", informou a companhia.
Segundo a Petrobras, "as obras, que não estão paralisadas, seguirão a estratégia definida pelo PNG 2015-2019 e já estão com 85% de avanço físico".
A companhia explicou que estão em atividade no momento cerca de 11.500 trabalhadores, em 21 grandes contratos de construção e montagem.
O objetivo do ato era pressionar a Petrobras para terminar pelo menos uma das duas refinarias previstas para o Comperj. A refinaria já está com 82% das obras concluídas, mas a empresa descartou a conclusão do Comperj em seu plano de negócios recentemente anunciado, e disse que a refinaria 1 (Trem 1) só será concluída caso surja um parceiro interessado.
A paralisação das obras do Comperj também afeta fortemente a economia da região. O Conleste é presidido por Helil Cardoso, prefeito de Itaboraí, umas das cidades mais prejudicadas. Lá, a perda da arrecadação é da ordem de 50%.
Protesto do Comperj na porta da Petrobras (Foto: Matheus Rodrigues / G1)Protesto do Comperj na porta da Petrobras (Foto: Matheus Rodrigues / G1)
Quarenta e nove empresas foram contratadas para a construção do Comperj, que deveria estar pronto desde 2011 e deveria ter duas refinarias, uma unidade de gás natural e uma estação petroquímica, mas a imensa área de 45 quilometros quadrados vai ter apenas uma refinaria.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, o atraso de mais de três anos nas obras prejudicou mais de quatro mil trabalhadores. De 2008 até agora, o orçamento da obra aumentou quase quatro vezes e, segundo a petrobras, o motivo dessa disparada foram mudanças no projeto, reajustes, variação cambial e aditivos, mas a operação Lava-Jato revelou que uma parcela dos recursos foi desviada dos contratos.

De acordo com o último balanço, a empresa perdeu mais de R$ 44 bilhões no valor de seus investimentos e, só com o Comperj, o prejuízo foi de R$ 21,833 bilhões. O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que os projetos do Comperj foram hibernados e só vão ser retomados quando a empresa tiver capacidade de gerar caixa, o que ainda não tem praz.
Ato em defesa do Comperj começou a ficar cheio por volta das 12h50 (Foto: Matheus Rodrigues/G1 Rio)Ato em defesa do Comperj começou a ficar cheio por volta das 12h50 (Foto: Matheus Rodrigues/G1 Rio)
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Manifestantes que pedem conclusão de obras do Comperj bloqueiam a Avenida Rio Branco (Foto: Matheus Rodrigues/G1)Manifestantes que pedem conclusão de obras do Comperj bloqueiam a Avenida Rio Branco (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
Manifestantes atearam fogo em lixo (Foto: Ronaldo Moreno / Sindipetro-RJ)Manifestantes atearam fogo em lixo (Foto: Ronaldo Moreno/Sindipetro-RJ)Fonte: G1

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