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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Hospital particular nega atendimento a criança de 4 anos, em Niterói, RJ

Unidade alegou que plano de saúde estava inativo.
Pais dizem que boleto foi pago há 20 dias e vão registrar caso na delegacia.


Uma criança de 4 anos que estava passando mal teve o atendimento recusado, na noite de quarta-feira (29), em um hospital particular de Niterói, na Região Metropolitana. Os pais disseram que iam prestar queixa na delegacia.
O menino João Vitor de Farias estava com uma crise alérgica na tarde de quarta-feira (29). Ele foi levado às pressas para o Hospital de Icaraí, no Centro de Niterói. Segundo a mãe Kátia GONÇALVES, a criança estava vomitando e passando muito mal.
“Meu filho ficou passando mal. Aparentemente alergia, todo empolado. Corremos às pressas para a emergência do Hospital Icaraí, como sempre trouxe. Ele estava inchando, com o rosto inchado e eu estava preocupada. A garganta dele estava fechando e faltando o ar”, contou a mãe.
Ao chegar ao hospital, os pais mostraram o cartão do plano de saúde Amil. Depois de checarem a situação, os funcionários do hospital negaram atendimento à criança pelo plano, alegando que ele estava inativo. Segundo o pai de João Vítor, Cristian Garcia, o último boleto foi pago há 20 dias e o cartão está válido até 10 de agosto.
“Eles disseram que o cartão estava inativo e não aceitaram. O próprio hospital não deu os primeiros-socorros ao menino. O prazo (do plano) vai expirar no dia 10 de agosto. Tenho tudo impresso em casa”, disse o pai.
Os pais se recusaram a pagar pela consulta, estimada em R$ 1.300 e tiveram de levar a criança até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde João Vítor foi medicado e liberado.
“A gente tem bastante tempo de plano. A gente paga tudo direitinho, na data”, reclamou a mãe.
A família de João Vítor voltará à delegacia nesta quinta-feira (30) para fazer o registro, já que a unidade estava lotada na quarta-feira (29) e a criança precisava descansar.
Em nota, a Amil lamentou o ocorrido e esclareceu que o plano de saúde de João Vitor está vinculado a um plano coletivo por adesão, gerido por administradora de benefícios. A Amil informou ainda que foi notificada pela administradora SOBRE a suspensão do contrato em 13 de julho deste ano. O plano destaca que, "de acordo com a regulamentação vigente, é vedada à operadora inclusão e exclusão de beneficiário para esta modalidade de contratação, cuja gestão é de responsabilidade da entidade contratante e da administradora de benefícios". A empresa acrescenta que entrou em contato com a administradora para solicitar que ofereça aos pais alternativas para a manutenção do plano de saúde.
O Hospital Icaraí informou que o paciente João Victor de Farias Melo foi encaminhado para sala de observação, onde recebeu abordagem da médica de plantão que identificou ausência de risco de vida eminente e solicitou que aguardassem na sala em que se disponibilizava, até que a mesma concluísse outro atendimento.
Ainda segundo o hospital, durante os procedimentos burocráticos para atendimento, foi constatado que o plano de saúde do paciente estava inativo. A família foi informada da situação e optou por não permanecer na unidade e que, ao retornar, a médica já não encontrou a criança na sala de atendimento.

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