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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Colômbia registra aumento de cultivo de coca e produção de cocaína, alerta ONU

No país, a área de cultivo passou de 48 mil para 60 mil hectares, um aumento de 44% em relação a 2013. Ao mesmo tempo, a produção de cocaína subiu de 290 para 422 toneladas durante o mesmo período, um acréscimo de 52%

Cultivo de coca no Sul de Bolívar, Colômbia. Foto: Flickr/Agência Prensa Rural/Fotografía: Mónica Orjuela (CC)
Cultivo de coca no Sul de Bolívar, Colômbia. Foto: Flickr/Agência Prensa Rural/Fotografía: Mónica Orjuela (CC)
O Escritório da ONU contra Drogas e Crime (UNODC) informou, nesta quinta-feira (02), que durante 2014 a área de cultivo da planta de coca e a produção de cocaína na Colômbia aumentou cerca de 50%. O relatório anual da Colômbia usa como base imagens de satélite e inclui dados relacionados às plantações, esforços de erradicação e outras variáveis para a compreensão do fenômeno no país.
O estudo “Monitoramento de Cultivos de Coca na Colômbia” – elaborado conjuntamente entre o escritório do UNODC na Colômbia e o governo local – indica que a área de cultivo passou de 48 mil para 60 mil hectares, um aumento de 44% em relação a 2013. Ao mesmo tempo, a produção de cocaína subiu de 290 para 422 toneladas durante o mesmo período, um acréscimo de 52%.
“Os cultivos ilícios não trouxeram nenhum desenvolvimento positivo a nenhuma comunidade em nenhuma parte do mundo. Por este motivo o UNODC incentiva o governo da Colômbia a manter e aumentar seu programa de desenvolvimento alternativo no país”, disse o representante do escritório na Colômbia, Bo Mathiasen.
O aumento da produção de cocaína também gerou alerta, já que segundo o UNODC, nem os mercados internacionais, nem as estatísticas sugerem que há mais demanda. Ao contrário, estudos recentes indicam que a prevalência de uso diminuiu nos Estados Unidos e Europa. Por isso, o relatório diz que não há claridade sobre o destino da droga sendo produzida e adverte o país a preparar-se para fortalecer a prevenção do consumo interno e as nações vizinhas, como o Brasil, a combater o aumento do tráfico do entorpecente.
Fonte: ONU

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