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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mulher finge que é negra para fazer ativismo racial e larga cargo em ONG

A ativista Rachel Dolezal em diferentes fotos de arquivo (Foto: AP/ Tyler Tjomsland/The Spokesman-Review e AP/ Nicholas K. Geranios)
A ativista norte-americana Rachel Dolezal, que segundo seus pais se apresentava como negra sem ter origem africana ou negra, renunciou nesta segunda-feira (15) ao seu cargo de presidente da "Associação Nacional pelo Avanço das Pessoas de Cor" (NAACP) em Spokane.

Dolezal é conhecida por seu ativismo em favor da igualdade racial e dos direitos dos negros americanos. Na semana passada, seus pais disseram à imprensa que sua filha se apresenta como negra, mas é branca com traços de herança de um americano nativo. Segundo sua mãe, Ruthanne Dolezal of Troy, a ativista começou a se "disfarçar" quando os pais adotaram quatro afro-americanos, há mais de uma década.
Dolezal anunciou sua renúncia na página do Facebook da NAACP, e disse que a polêmica se tornou maior do que os objetivos da organização.
"Estou constantemente comprometida com o empoderamento de vozes marginalizadas e acredito que muitas pessoas foram ouvidas nas últimas horas e não de outra maneira não teriam uma plataforma para esta importante discussão", diz a nota.
A cidade de Spokane investiga se Dolezal mentiu sobre sua origem quando foi nomeada para o conselho da polícia da cidade. De acordo com o jornal "Spokesman-Review", ela teria se apresentado como uma mistura de branca, negra e índia americana na ficha cadastral que preencheu para trabalhar na comissão de ouvidoria do cidadão da polícia, em janeiro.

Na sexta-feira, a polícia local disse que suspenderia as investigações sobre denúncias de assédio racial apresentadas por Dolezal. A NAACP apoiou a ativista em um comunicado. "A identidade racial não é um critério que qualifica ou desqualifica uma pessoa para ser uma liderança da NAACP", dizia a nota.
Dolezal também é professora de estudos africanos na Eastern Washington University, onde se especializou em cultura dos negros americanos. Ela diz que não se relaciona com os pais.
Fonte: G1

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