"Aceite" emitido pela Cedae em 25/06/15, onde considera que as propostas previstas na DPA foram cumpridas
Também na época, como comprova a documentação em poder da Prefeitura, a empresa emitiu Solicitação de Obras referente à mesma DPA, o que, para o município, sinalizava a intenção de instalar as redes e reservatórios necessários em tempo hábil para o atendimento da demanda do condomínio. Completando o processo, a mesma Cedae emitiu o chamado "aceite" - documento através do qual a concessionária considera que as propostas previstas na DPA foram cumpridas - no dia 25 de junho deste ano, ou seja, quatro meses antes de a Prefeitura autorizar as mudanças dos moradores. A informação da empresa, empurrando para o ano que vem a conclusão das obras que já deveriam estar prontas, carece de qualquer credibilidade.
Pela DPA, o empreendimento somente poderia ser abastecido após a implantação do Sistema de Abastecimento de Água de Inoã e Itaipuaçu. Ocorre que a obra foi concluída e inaugurada pela Cedae em junho de 2014, mas até agora as torneiras do empreendimento e de outras áreas da região continuam secas.
Desde que os moradores começaram a habitar os imóveis a que tinham direito nos condomínios, a Prefeitura vem acompanhando de perto a situação e cobra intensivamente da Caixa Econômica (gestora da construção) e da Cedae a solução definitiva dos problemas nos condomínios do programa Minha Casa Minha Vida de Inoã e Itaipuaçu. Justamente por isso, não vai considerar a obra entregue enquanto todos os problemas não estiverem solucionados, o que significa autorizar o pagamento das últimas parcelas. A população de Inoã, especialmente as quase 1500 famílias do condomínio Carlos Alberto Soares de Freitas, não pode ficar à mercê de um cronograma conduzido pelo descaso histórico da Cedae para com as demandas de Maricá.
Texto: Marcelo Ambrosio e Rafael Zarôr
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